Qual a origem dos trotes universitários?

Após o período de festas e descontrações, um novo ano se inicia e vem novas preocupações para os estudantes, entre elas, esperar os resultados do Enem, prestar o vestibular e se preparar para a vida universitária.

Mas unindo-se a essas preocupações, há outra que chega assim com o esperado resultado “aprovado”, os trotes universitários.

Aquelas famosas “brincadeiras” a que os veteranos submetem os calouros, que podem envolver desde ações comunitárias a atos de extrema violência que costumam gerar acidentes e até tragédias.

Mas de onde será que vem essa prática persistente não só no Brasil como no mundo? Qual a verdadeira origem do trote universitário?

Se você pensa que se trata de uma prática atual, com no máximo 50, 60 anos de existência, engana-se.

O trote universitário é bem mais antigo, esse costume bárbaro veio da Idade Média, quando as primeiras universidades foram criadas.

Nessa época somente o clero (membros da Igreja Católica) e a nobreza (reis e nobres) podiam frequentar as universidades.

E devido a pouca higiene que existia na Idade Média, sendo que geralmente as pessoas tomavam banho só uma vez por ano, os calouros das universidades eram obrigados a assistir aulas separados dos veteranos, em vestíbulos, onde costumavam guardar as roupas, eles ainda tinham sua cabeça raspada e roupas queimadas para não propagar doenças.

A partir do século XIV essa prática deixou de ter um motivo higiênico e passou a se tornar mais violenta.

Pra vocês terem ideia em universidades da Europa como na cidade de Bolonha, na Itália, e em Paris, na França os calouros eram chamados de “feras” pelos veteranos, tinham os pelos e cabelos arrancados e eram obrigados a beber urina e a comer excrementos. Acreditam, nisso?

Início dos trotes no Brasil

Essa prática ultrapassou séculos, vindo para o Brasil no início do século XIX, quando a família real portuguesa se instalou no país e fundou as primeiras universidades.

Os trotes foram trazidos por estudantes da elite brasileira que haviam estudado e Portugal e ajudaram a propagar esse costume bárbaro, o qual é considerado um ritual de passagem, em que os estudantes passam para a vida universitária. As possibilidades de trotes são imensas, afinal a criatividade para bolar trotes maldosos é ilimitada. 

Fonte: Jual

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