O homem realmente pisou na Lua no dia 20 de julho de 1969? E as outras missões foram reais?
Os conspiracioniostas que afirmam que não, apontam alguns argumentos. Vamos analisá-los:
1 - Quando os astronautas estão colocando a bandeira dos EUA, ela ondula. Mas não há vento na Lua.
Tripulação da missão Apollo 11 |
1 - Quando os astronautas estão colocando a bandeira dos EUA, ela ondula. Mas não há vento na Lua.
É quase impossível falar da missão da Apollo 11 e não ouvir alguém dizer que “a bandeira está tremulando e na Lua isso é impossível”. Sim, é impossível a bandeira tremular no espaço. É por isso que ela não tremula. Esse argumento vem de falta de boa vontade para fazer uma pesquisa simples. A bandeira está na realidade amassada, porque estava guardada em algum canto do apertadíssimo módulo lunar. É possível perceber que não há variação nas “ondas” da bandeira, não importa qual foto se veja. Além de estar amassada, a bandeira se mantém ereta por que há uma haste superior que a mantém assim.
Além disso, ela parece tremular. Continuei pesquisando e percebi que a resposta a esse "tremular" era simples: nada mais é do que o balançar gerado pelos próprios astronautas enquanto fincavam e manuseavam a bandeira. No vídeo, que imagino ser do Fantástico, isso é mostrado:
2 - Nenhuma estrela é visível nas fotos tiradas pelos astronautas da Apollo da superfície da Lua.
Outra pergunta frequente: como é que os astronautas fizeram tantas fotos na Lua e não registraram nenhuma estrela? Basta uma noite longe das luzes artificiais que você enxerga bilhões delas – e eles não fotografaram nenhuma? Pois é, eles com certeza viram muitas, muitas, mas muitas estrelas mesmo, mas não conseguiram fotografar nenhuma.
Por quê? Porque a fotografia tem limites, principalmente em 1969. Para conseguir captar as estrelas, os astronautas teriam que ter deixado uma “exposição” alta na câmera, e com o brilho do Sol ali do lado se fizessem isso não teriam conseguido registrar mais nada na superfície. Talvez com uma máquina moderna de hoje em dia eles conseguiriam, mas era difícil e isso não era a prioridade naquele momento.
3 - Nenhuma cratera causada por impacto é vista nas fotos tiradas do módulo de alunissagem lunar.
Tudo é uma questão de ângulo. Na foto abaixo da missão Apollo 12, por exemplo, a sonda Surveyor 3 está no interior de uma cratera enquanto o módulo está no topo. Ou apenas está afastado? Lembre-se também de que montes, montículos e crateras são pouco evidentes pois as fotos eram de menor resolução.
4 - O módulo de alunissagem pesa 17 toneladas e mesmo assim pousa sobre areia sem deixar marcas. Perto dele, as pegadas dos astronautas podem ser vistas na areia.
Aposto que você era um dos que questionava quando seu professor estava ensinando a matéria "por que eu tenho que aprender isso?" Bom, para não recorrer a um erro desses.
O módulo de pouso pesava menos de três toneladas na Lua. Os astronautas eram muito mais leves que o módulo, mas suas botas eram muito menores que os apoios do módulo. A pressão, ou força por unidade de área, em vez da força, determina a extensão da compressão no solo lunar. Em algumas fotos as bases de apoio afundaram o regolito lunar, especialmente quando se moveram para o lado durante o pouso. A pressão exercida sob o pé do módulo de pouso, com o módulo pesando mais de 100 vezes que os astronautas teria magnitude similar à pressão exercida pelas botas dos astronautas.
A idéia de uma descida espalhafatosa fez com que os "conspiracionistas da não descida do homem na Lua" esperassem ver uma grande cratera sob os foguetes do módulo lunar. Bem, as fotos mostram marcas, mas elas não são tão fundas quanto os leigos gostariam. Além da explicação do parágrafo anterior, vale lembrar que o módulo lunar possuía sensores na forma de cabos em 3 das 4 plataformas de pouso. Quando um destes cabos tocava o solo uma sinal era enviado à cabine de comando indicando ao piloto que era o momento de desligar os jatos. Como o módulo lunar atingia o solo com seus foguetes desligados, as marcas de alunissagem e a poeira geradas foram muito menores do que a fantasia pressupõe.
Repare nos sensores em forma de cabo abaixo do módulo lunar. Imagem proveniente de testes, por isso a tomada externa. |
5 - As pegadas na fina camada de poeira lunar, sem umidade ou atmosfera ou forte gravidade, são inesperadamente bem preservadas, como se feitas em areia molhada.
Uma das muitas missões de Buzz Aldrin na Lua era bem simples: fazer uma pegada clara e tirar uma foto para que os cientistas na Terra pudessem estudar a mecânica do solo lunar. A foto virou um clássico e foi reproduzida no mundo inteiro. Além dela, diversas imagens mostram as pegadas dos dois astronautas na Lua.
Não se sabe onde isso começou, mas muitas pessoas passaram a debater na internet afirmando que “se não tem umidade, não deveria existir pegadas”. Mas a verdade é que uma coisa não tem nada a ver com a outra. Não é preciso água para deixar pegadas, como qualquer beduíno do deserto pode demonstrar. O que deixa as pegadas ali é a areia extremamente fina e porosa da Lua. Além disso, o tipo de solo lunar favorece a agregação das partículas permitindo uma pegada, digamos, bem torneada.
6 - Quando o módulo de alunissagem decola da superfície da Lua, não há uma chama visível saindo do foguete.
Chama? Na Lua? Sem oxigênio? Você também questionava suas aulas de química, não é?
7 - Se for acelerado o filme dos astronautas andando na superfície da Lua, os americanos parecem ter sido filmados na Terra e então colocados em câmera lenta.
Argumento tão malicioso quanto falacioso. A gravidade na Lua é muito menor do que na Terra. Por isso os saltos lá parecem estar em câmera lenta, mas é apenas uma ilusão de óptica causada pelos nossos cérebros acostumados à brusca gravidade terrestre.
8 - Os astronautas não poderiam ter sobrevivido à viagem por causa da exposição à radiação do Cinto de Radiação de Van Allen.
Talvez você já soubesse disto, afinal já ouviu falar dos perigos de permanecer muito tempo sob os raios ultravioletas do Sol e já viu o seu dentista se esconder atrás de uma parede de chumbo durante uma radiografia. A pegadinha é que a radiação do cinturão de Van Allen não é da mesma natureza dos raios-X do dentista ou dos raios ultravioletas do Sol. Estas são chamadas de radiação ionizante, e são diferentes da radiação das partículas carregadas de que estamos falando. Para estar protegido da radiação de raios-x e raios gama é preciso uma grossa camada de chumbo ou concreto. Já no caso das partículas carregadas, uma folha de papelão ou no máximo 1 centímetro de metal ou plástico é suficiente pra uma proteção adequada. Por isso não se engane da próxima vez que alguém lhe disser que a nave Apolo precisaria de uma parede de 2 metros de chumbo para proteger os astronautas. Na verdade, ao contrário do que está escrito nos livros de física que os conspiracionistas lêem (não nos esqueçamos dos gibis: foram os raios cósmicos que transformaram quatro astronautas a caminho da Lua nos Quatro Fantásticos), quanto mais grossa a camada e mais pesado o metal, menos efetiva se torna a proteção contra partículas carregadas, já que o bombardeio das partículas contra o metal é justamente o que gera os perigosos raios-x; assim são gerados, por exemplo, os raios-x do aparelho do seu dentista.
Depois de um cuidadoso mapeamento do cinturão de Van Allen, os cientistas da NASA concluíram que, desde que os astronautas atravessassem a região muito rapidamente e o fizessem onde o cinturão é mais fino, a dose de radiação recebida dentro da espaçonave seria muito pequena para representar perigo.
9 - As rochas trazidas da Lua são idênticas às rochas coletadas por cientistas em expedições para a Antártida.
Essa alegação é que as rochas lunares teriam sido colhidas na Antártida, e que são meteoritos, mas meteoritos apresentam duas coisas que as amostras lunares não tem: uma crosta queimada resultante das altas temperaturas da reentrada, e contaminação com os gases e umidade da atmosfera.
Outra alegação é que se trata de rochas colhidas no fundo do mar, mas se fosse este o caso, haveria contaminação por umidade, que é inexistente nas amostras lunares.
Outra alegação é de que o conhecimento avançado de cerâmicas da Nasa teria sido usado para criar as rochas lunares, mas nenhum processo de falsificação moderno consegue reproduzir, ao mesmo tempo, todas as características do solo lunar, resultando em um produto que qualquer geólogo ou mineralogista pode identificar como sendo uma fraude.
Finalmente, há a alegação de que as amostras americanas foram colhidas da mesma forma que as amostras soviéticas, usando sondas autônomas, mas este argumento apresenta algumas falhas graves. A primeira é de que a tecnologia atual de coleta de amostras é capaz de recuperar no máximo 150 g de cada vez. Admitindo uma média de 100 g por coleta, seriam necessárias 3.820 missões para a Lua para conseguir coletar 382 kg de amostras, e mesmo assim algumas amostras de rochas pesam vários kg, que não poderiam ser recuperadas com a tecnologia atual; A segunda é de que os soviéticos desenvolveram tecnologia para coletar amostras de solo na Lua, e retornar para a Terra com elas. Os americanos tinham a tecnologia de coleta e análises de amostras, que foi usada na Lua pelas sondas Surveyor, e em Marte, mais recentemente pela sonda Phoenix, mas nunca desenvolveram tecnologia para enviar estas amostras de volta à Terra. Até hoje a Nasa não desenvolveu esta tecnologia.
Pelo menos esse argumento prova que os conspiracionistas tem força de vontade, pois tentam de todas as maneiras criarem alternativas a verdade.
10 - Todas as seis alunissagens aconteceram durante a administração Nixon. Nenhum outro líder nacional afirmou ter levado astronautas à Lua, apesar dos 40 anos de rápido desenvolvimento tecnológico.
Outras nações e as asdministrações posteriores estavam evidentemente menos interessadas em gastar grandes quantias de dinheiro apenas para ser a segunda nação ou presidente a pousar na Lua ou explorar o deserto lunar. Se Nixon tivesse falsificado os pousos lunares, os soviéticos ficariam felizes em anunciar uma fraude destas como uma vitória deles em suas propagandas, mas eles nunca o fizeram. Explorações posteriores organizadas pelos EUA ou URSS, como o estabelecimento de uma base lunar, provavelmente seriam muito caras e para estar de acordo com os interesses de qualquer nação durante a corrida armamentista da Guerra Fria.
Alem disso, o desenvolvimento do foguete Saturn V, o módulo de comando e módulo lunar da Apollo e as missões até a Apollo 8 (que orbitou a Lua) foram feitas antes que Richard Nixon assumisse a Casa Branca em 20 de janeiro de 1969.
O próprio compromisso em colocar o homem na Lua foi feito anteriormente pelo presidente John Kennedy.
11 - Com tantos avanços tecnológicos, por que o homem não voltou à Lua mais de 40 anos depois da primeira alunissagem?
A resposta: política.
Depois que os Estados Unidos chegaram à Lua, os soviéticos resolveram brincar de “eu nem queria mesmo” e deram uma bela desacelerada em seu programa lunar, mantendo apenas as sondas Luna. A URSS preferiu gastar seu tempo e dinheiro com a estação espacial Myr. E nessa eles derrotaram os americanos, que jamais conseguiram colocar a sua Freedom em órbita e acabaram adaptando o projeto para virar a Estação Espacial Internacional.
A Nasa, por sua vez, viveu uma crise financeira numa época em que o governo americano acreditava que o povo “não se importava” com o programa espacial. Mais tarde, preferiu concentrar seus esforços nos ônibus espaciais, com a esperança de tornar as missões mais rotineiras.
Agora, no entanto, tudo parece que vai mudar. Com a aposentadoria dos ônibus espaciais no fim de 2010, os americanos estão investindo em novas naves: as Orion, que parecem muito mais com as Apollo do que com os gigantescos ônibus. A principal missão da nova nave: levar o homem de volta à Lua. Mas agora a corrida espacial ganhou mais competidores: China, Índia e Japão também estão na briga.
12 - Os astronautas com o traje espacial (só o traje pesa cerca 80 Kg - informação da Nasa) andam em pulinhos quase flutuando, mas a areia que eles chutam caem de volta ao chão como em qualquer praia na Terra.
Novamente os conspiracionistas parecem usar conhecimentos físicos adquiridos nos filmes de ficção científica. Pois pelo mesmo motivo que não há explosões ruidosas e esfumaçadas no espaço quando uma nave do Império atinge um caça Rebelde, no vácuo lunar não há como a poeira permanecer flutuando em suspensão até eventualmente se depositar sobre uma superfície; sem a resistência do ar toda a poeira que tivesse sido deslocada pelos foguetes cairia tão rapidamente quanto uma pedra. Ainda mais importante: como os foguetes do módulo lunar não produziam nenhum deslocamento de ar (pois não há ar) as únicas partículas de poeira que se moveram foram aquelas diretamente no caminho dos gases expelidos. A situação é completamente diferente de um helicóptero pousando em um deserto, com toda aquela turbulência criando redemoinhos de areia.
Vale lembrar, que com a baixa gravidade, os trajes de 80 Kg não surtiam muito efeito no quesito "esborrachar no solo". Daí a impressão de câmera lenta.
13 - Se Armstrong foi o primeiro homem na Lua, quem é que tirou a foto dele descendo as escadas do módulo lunar?
É simples: ninguém. Ninguém, por que essa foto não existe. Armstrong foi o primeiro homem na Lua e, por isso, não existe foto “de fora” do módulo lunar enquanto ele desce.
A foto clássica de um homem saindo da nave? É o Buzz Aldrin, companheiro de Armstrong e segundo homem a pisar na Lua. Enquanto ele descia, Armstrong fotografava. Aliás, a maioria das fotos “clássicas” da Lua, que muita gente acredita serem de Armstrong, são, na verdade, de Aldrin.
14 - Como os astronautas sobreviveram às terríveis variações de temperatura lunar?
A Lua não tem atmosfera. Por isso as temperaturas ali variam muito. Durante o dia, a média é de 100°C e durante a noite de 150°C negativos. Humanos, obviamente, não sobreviveriam ali. Por isso que os especialistas que planejaram a missão escolheram um lugar mais ameno para pousar o módulo lunar.
O local escolhido para o pouso era exatamente no meio da penumbra, onde ainda não era nem dia nem noite completamente, para proteger os astronautas. A rotação da Lua dura cerca de 27 dias – tempo de sobra para Armstrong e Aldrin ficarem seguros por ali.
15 - Se o Sol é a única fonte de luz da Lua, por que existem sombras em diferentes sentidos e há penumbra?
Nós só vemos os objetos porque eles refletem a luz em direção aos nossos olhos. Se você está em um quarto escuro de paredes escuras iluminado por uma fonte única de luz, nada que esteja sob sua sombra será visível já que esta região não recebe luz alguma que possa ser refletida. Esta é uma situação pouco comum na Terra onde, além da luz direta do Sol, somos banhados pela luz refletida na atmosfera, nas nuvens, no solo, etc, de forma que as sombras, na maior parte das vezes, são na verdade penumbras, ou seja não são áreas de total ausência de luz. Mas se na Lua não há atmosfera para espalhar a luz e toda a iluminação provém unicamente do disco solar pairando no céu negro, seria de se esperar que as sombras fossem absolutamente negras, regiões de total ausência de luz nas quais nada fosse visível. Então como é possível enxergar os astronautas sob a sombra do módulo lunar, como na imagem abaixo? Como é possível ver, em algumas fotos, a frente do astronauta quando ele tem o Sol às suas costas?
A explicação é simples: assim como na Terra, o Sol não é a única fonte de luz na Lua. O solo lunar é formado de silicatos brilhantes que refletem de volta uma parte considerável da luz do Sol, funcionando como uma grande fonte de luz indireta. Além disso, há a luz refletida na Terra, módulo etc e a proveniente da própria câmera do astronauta.
Outro problema levantado pelos conspiracionistas é que em muitas fotos as sombras projetadas pelos astronautas parecem ter comprimentos e direções diferentes, sugerindo que a filmagem foi realizada em estúdio com mais de uma fonte de luz. As fotos clássicas são estas abaixo, mas se houvesse dois refletores cada astronauta não teria duas sombras?
Além disso, devemos nos lembrar que uma pessoa em uma elevação lança uma sombra maior do que uma pessoa em um ponto mais baixo. A diferença de tamanho entre as sombras será mais acentuada quanto mais baixo no horizonte estiver o Sol. A figura abaixo ilustra a situação com um modelo em 3D; na imagem os dois bonecos têm a mesma altura e estão a uma mesma distância da borda anterior, de onde vem a luz.
Isto explica o tamanho das sombras na primeira das fotos acima, mas o que dizer das direções delas? O que acontece é que duas sombras vistas em uma foto ou em qualquer representação plana de fato não serão paralelas se estiverem sobre duas superfícies não paralelas.
Além de tudo isso ainda é preciso levar em conta o efeito da perspectiva sobre as sombras paralelas de mesmo comprimento.
16 - Por que aquelas linhas medidoras de distância estão atrás dos objetos?
Novamente tudo o que é necessário é um mínimo de conhecimento de fotografia. Assim como a tinta de uma caneta tinteiro faz um pequeno borrão sobre o papel se você mantiver sua ponta por muito tempo no mesmo local, a luz também "borra" o filme espalhando-se sobre as áreas adjacentes da imagem caso sua quantidade seja muito grande.
Realmente, observando as fotos com um pouco mais de cuidado, é possível perceber que as cruzetas parecem sobrepostas somente quando o objeto atrás delas é branco. Podemos concluir que a grande quantidade de luz refletida por estas áreas brancas "escorreu", ou seja, sensibilizou a área vizinha do filme preenchendo as tênues linhas. A ampliação abaixo, em que a linha reaparece por detrás da área brilhante, encerra o caso.
17 - Onde foi parar a Terra nas fotos lunares?
Algumas pessoas afirmam que a Terra não aparece em nenhuma das filmagens. Bem, isso simplesmente não é verdadeiro, como se pode ver nas imagens abaixo.
Outros reconhecem que a Terra aparece em algumas fotos, mas não se convencem que as imagens são realmente do nosso planeta. Como a Terra é muito maior do que a Lua, estas pessoas esperavam ver um imenso disco terrestre nas fotos e não aquele pontinho decepcionante.
Se por um lado é verdade que a Terra cheia na Lua é 13,5 vezes maior do que a Lua cheia na Terra, por outro lado não é tão simples assim captar este esplendor em uma foto. Como sabem todos aqueles que já se frustraram ao tentar capturar uma belo luar com uma máquina doméstica, o tamanho da Lua em uma fotografia varia de acordo com o tamanho da lente que se usa. Máquinas domésticas geralmente possuem lentes de 50mm o que faz da Lua apenas um pontinho mirrado de luz. A imagem abaixo mostra o tamanho aparente da Lua de acordo com o tipo de lente. A lente usada pelos astronautas era de 70 mm então você já sabe o que esperar.
18 - Como as fotos ficaram tão boas?
Para manter as mãos livres as máquinas fotográficas dos astronautas ficavam presas ao peito. Isso fazia com que eles tivessem que mover o corpo todo para enquadrar uma foto, o que certamente era um bocado difícil. Mas então como os astronautas conseguiram fazer registros tão perfeitos da Lua?
Em primeiro lugar: muito treino. Os astronautas evidentemente treinaram exaustivamente todos os detalhes da missão, inclusive este. Mas mesmo que a prática não leve à perfeição não é possível dizer que dentre as 17.000 fotos tiradas não havia algumas cabeças cortadas aqui e ali, só porque estas fotos não foram publicadas nos jornais, não é verdade? Além disso, como seria de se esperar, mesmo as melhores fotos usadas pela imprensa foram tratadas, centradas e enquadradas.
19 - Como o Módulo Lunar conseguiu decolar de volta?
No país em que todos são técnicos de futebol também há alguns "cientistas espaciais". Alguns deles olham para o módulo lunar e audaciosamente escrevem: "Você crê que aí dentro há combustível suficiente para alimentar um propulsor?"
A gravidade na Lua, como você já ouviu falar é, 6 vezes menor do que na Terra. Isto significa que a velocidade para que alguma coisa, qualquer coisa, escape da superfície da Lua é muito mais baixa do que na Terra; tão baixa na verdade que a Lua não consegue manter nem sequer umas poucas moléculas de gás para formar uma atmosfera; escapam todas para o espaço. Por isso não foi preciso muito combustível para impulsionar o módulo lunar; bastava um "empurrãozinho" para lançá-lo de volta à Terra. Além disso, como não há atmosfera na Lua também não há resistência do ar nem a necessidade de que o módulo lunar fosse aerodinâmico.
20 - Há uma pedra com uma letra "C" gravada!
De fato uma das fotos da Missão Apolo 16 é possível ver o que parece ser uma letra "C" gravada em uma pedra. Conspiracionistas vêem nisto a prova de que esta pedra é parte do cenário teatral montado para a farsa.
O site www.lunaranomalies.com investigou os negativos das fotos armazenados em três diferentes Arquivos Públicos americanos e descobriu que a marca não aparece em nenhum deles (curiosamente este site crê em diversas outras teorias conspiratórias, como sinais de UFOs que teriam sido encontrados na Lua e mantidos em segredo pela NASA, mas é um dos mais devotados a desmistificar o mito de que o homem nunca esteve lá, afinal este é um pré-requisito para as suas teorias!). Ampliando a foto impressa os investigadores concluíram a marca na pedra era um fio de fibra que havia se depositado sobre o filme antes da revelação, o que pode ser constatado pela imagem abaixo. Repare como o fio projeta uma sombra atrás de si, na parte superior.
21 - Por que nem sempre há intervalo na conversação dos astronautas com a base?
Um sinal de rádio viaja na velocidade da luz. Isto quer dizer que alguém transmitindo da Lua precisaria esperar seu sinal atravessar a imensa distância que o separa da Terra e depois esperar que o sinal da resposta fizesse o caminho de volta. Como a velocidade da luz é de 300.000 km/s e a distância média entre a Terra e a Lua de 380.000 km, o tempo mínimo entre uma pergunta e uma resposta é de 2,4 s. Ou seja: seria de se esperar que houvesse uma pausa de pouco mais de dois segundos em toda comunicação travada entre a base e os astronautas, mas não é isso o que se ouve. Outra falha grosseira da NASA em sua falsificação? Não exatamente.
Imagine que você está aqui na Terra, gravando sua conversa com alguém na Lua. Seu amigo fala na Lua e 1 segundo depois, tão logo ouve a pergunta, você dá a resposta. Perceba que neste instante não haverá na gravação da conversa nenhum intervalo entre pergunta e resposta. A partir daí haverá uma demora de 1 segundo para sua mensagem chegar a Lua e mais outro segundo para você ouvir a réplica do astronauta, deixando, agora sim, um intervalo de pouco mais de 2 segundos na fita. A figura abaixo ajuda a entender o processo.
E agora vem a prova definitiva que o homem esteve na Lua:
As missões Apollo deixaram um monte de coisas na Lua. Desde o módulo de descida da Apollo 10, que ficou por lá mesmo, até o jipe lunar da Apollo 17, passando por satélites, aparelhos diversos e muitos estágios de foguetes. A mais importante delas é a única que está em operação até hoje: um conjunto de cubos refletores que funcionam como espelhos lunares.
Esses cubos são usados para medir a distância da Terra à Lua, que varia. Diversos observatórios, dentro e fora dos Estados Unidos, já usaram esses refletores em pesquisas. Se o homem não tivesse ido à Lua, isso seria impossível.
Em julho de 2009 foram divulgadas imagens feitas pela sonda LRO (Lunar Reconnaissance Orbiter) dos sítios de descida das missões Apollo. As fotos mostraram alguns equipamentos deixados para trás.
Bom, com certeza alguém ira dizer que "essas fotos não passam de armação" e que a comunidade científica do mundo inteiro está mentindo sobre os cubos refletores. Mas lembremos de outro fato.
Era o auge da Guerra Fria. A União Soviética tinha pleno interesse no programa aeroespacial americano e vice-versa. Mesmo porque, um foguete pode tanto levar astronautas como uma ogiva nuclear, e ninguém iria querer levar uma bomba atômica na cabeça. Se houvesse o menor indício que o homem nunca pisou na Lua, CLARO que a URSS botaria a boca no trombone. Os EUA não correriam o risco desse vexame.
A URSS em 1969 tinha uma tecnologia avançada, um programa espacial de ponta e plenas condições de verificar se os sinais de rádio da Apollo 11 vinham mesmo da Lua. Se os soviéticos descobrissem qualquer indício de que era uma mentira, eles iam fazer um samba enorme em cima. Não iam esconder de jeito nenhum.
Alguns podem achar que a URSS seria boazinha em esconder para ter um ás na manga quando precisassem. Só que não dizem quando seria. Além disso, alegam que a URSS não foi à Lua, e que isso era prova que seria impossível tal proeza. A questão é que a Lua nunca fora prioridade nos planos da URSS. Convenhamos: ela saiu na frente em tudo e mostrou superioridade técnica. O que lhe restava mais provar? Que tal provar que os americanos estavam mentindo?
Além do rádio, os soviéticos tiveram outras comprovações da missão. Nos mesmos dias da Apollo 11, a União Soviética lançou a Luna 15. A Luna 15 foi uma sonda robótica importante. Tentando desmerecer o feito americano, os soviéticos queriam que ela fosse à Lua, recolhesse amostras e voltasse, mostrando que aquela história de levar gente para fora de órbita era perda de tempo e dinheiro. Não deu certo e a Luna 15 se espatifou em uma montanha lunar um dia depois da chegada dos americanos. Antes disso, no entanto, a sonda serviu como prova para os soviéticos de que os americanos estavam mesmo por ali. Pela primeira vez na história, americanos e soviéticos cooperaram no espaço – meio a contragosto, mas cooperaram. Para evitar uma tragédia espacial, com a sonda soviética colidindo com a nave americana, as duas agências trocaram dados sobre seus planos de voo. Ou seja: a URSS não apenas ouviu as transmissões de rádio vindas da Lua, mas também acompanhou o voo da Apollo 11.
Além do rádio, os soviéticos tiveram outras comprovações da missão. Nos mesmos dias da Apollo 11, a União Soviética lançou a Luna 15. A Luna 15 foi uma sonda robótica importante. Tentando desmerecer o feito americano, os soviéticos queriam que ela fosse à Lua, recolhesse amostras e voltasse, mostrando que aquela história de levar gente para fora de órbita era perda de tempo e dinheiro. Não deu certo e a Luna 15 se espatifou em uma montanha lunar um dia depois da chegada dos americanos. Antes disso, no entanto, a sonda serviu como prova para os soviéticos de que os americanos estavam mesmo por ali. Pela primeira vez na história, americanos e soviéticos cooperaram no espaço – meio a contragosto, mas cooperaram. Para evitar uma tragédia espacial, com a sonda soviética colidindo com a nave americana, as duas agências trocaram dados sobre seus planos de voo. Ou seja: a URSS não apenas ouviu as transmissões de rádio vindas da Lua, mas também acompanhou o voo da Apollo 11.
Trecho de um documentário da BBC que mostra dois vídeos: o primeiro é real, foi feito por Armstrong e mostra a Luna 15 sobrevoando a missão Apollo 11; o segundo é falso e simula a Luna 15 se espatifando em solo lunar.
Com o tempo, a URSS simplesmente decidiu cancelar qualquer projeto de levar alguém à Lua e dirigiu seus esforços e cabeças pensantes para fins mais pragmáticos: a construção de uma estação espacial: A Estação Myr.
Conclusão:
Vinte e quatro astronautas estiveram na Lua ou próximos dela. Dezenas de milhares de fotos foram tiradas. Centenas de engenheiros, cientistas, biólogos, psicólogos e pessoas de todas as áreas de formação trabalharam diretamente no programa espacial. Cientistas do mundo todo analisaram exaustivamente as rochas trazidas da Lua, artefatos impossíveis de serem falsificados dadas as condições únicas de ausência de oxigênio em que se desenvolveram; os mesmos cientistas conheciam o cinturão de Van Allen tão bem quanto os americanos e saberiam se ele fosse realmente intransponível. A nave Apollo cruzou o céu como um ponto brilhante de luz na frente de milhões de pessoas de todas as nacionalidades e foi acompanhada pelos radares de todo o mundo, inclusive dos russos, que certamente estavam prestando muita atenção ao evento.
Enquanto isso, os conspiracionistas dizem que a NASA gastou bilhões de dólares em uma encenação que, a julgar pelos argumentos, estava à altura dos piores filmes B de todos os tempos (sombras nas direções erradas, decalques da Terra na janela da cabine espacial, ventos furtivos no estúdio e alguém até esqueceu de pintar as estrelas!); um filme de Ed Wood só que com um orçamento bilionário. Dizem os conspiracionistas que toda a comunidade científica do planeta foi ludibriada; todos menos eles, uns poucos leigos sem nenhuma formação científica. Algo como se alguém tivesse vestido uma fantasia de Papai Noel e enganado todos os universitários mas não as crianças do jardim da infância.
Portanto meu amigo, minha amiga, se mesmo com os fatos aqui apresentados, as fotos dos artefatos deixados na Lua, os cubos refletores usados por cientistas do mundo inteiro, a informação de que a União Soviética acompanhou a Apollo 11, você ainda achar que o homem não esteve na Lua, você precisa se tratar. Procure um psiquiatra.
Fontes: Projeto Ockam, Astrônomo Ronaldo Mourão através de reportagem de Marília Juste para o Portal G1, Ronaldo Las Casas em reportagem para o Portal Uai e Blog Gospel Atualidades a quem agradeço por ter "inspirado" a pesquisa que originou esta postagem.
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